Indústria portuguesa de calçado parece ser alternativa a Itália

2024-06-20 16:02

footwear industry


Portugal pretende tornar-se uma “forte alternativa à Itália” para a indústria do calçado depois de anunciar que irá investir 600 milhões de euros no sector nos próximos anos.


De acordo com o estudo da consultora internacional EY Parthenon, ‘The Footwear Industry’s Path to Luxury,’ Portugal poderá tornar-se um player-chave no setor do calçado de luxo se reduzir custos e desenvolver novos segmentos de mercado.


Atualmente, Portugal tem 1.500 empresas no cluster do calçado, abrangendo calçado, componentes e artigos de couro, emprega cerca de 40 mil pessoas e exporta 90 por cento da sua produção para 173 países nos cinco continentes.


Com Portugal a pretender investir 600 milhões de euros através do seu novo Plano Estratégico para o Cluster do Calçado 2030, a EY Parthenon afirma que Portugal terá de trabalhar em três níveis: desenvolvimento produtivo, desenvolvimento comercial e inovação.


Miguel Cardoso Pinto da EY Parthenon disse que o aumento dos custos e o aumento da concorrência estão a ameaçar o sector do calçado, sendo necessário %u201rever o seu posicionamento” para alcançar a sustentabilidade financeira.


Para o conseguir, a consultora acrescenta que será importante ‚umentar a escala através da integração de diferentes intervenientes,” ao mesmo tempo que aumenta a produtividade através de novos processos industriais, otimizando os custos laborais e reduzindo os custos das matérias-primas através da inovação de produtos.


A EY Parthenon observa que Portugal tem “várias vantagens comparativas” sobre a Itália, que diz estar “ameaçada por elevados custos de produção, um mercado dominado por intermediários e uma falta de mão de obra qualificada”.


Acrescenta que, embora Portugal e Itália ofereçam produção de calçado de alta qualidade, Portugal oferece custos de produção mais baixos.


Luis Onofre, presidente da Associação Portuguesa de Fabricantes de Calçado, Componentes e Artigos de Marroquinaria (APICCAPS) afirmou em comunicado: “Queremos ser uma importante referência internacional. Todos os anos são produzidos 24 mil milhões de pares de sapatos, cerca de 90% dos quais na Ásia, o que significa que nove em cada dez pessoas usam sapatos asiáticos. Não achamos que isto seja sustentável, pelo contrário, pensamos que há espaço no mercado para players como Portugal.”


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